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terça-feira, 19 de julho de 2011

CULPA

Quando bateu o lado desprotegido do meu rosto, entre fragmentos de dentes, clamei à sua consciência um gesto de remorso; quando cravou suas unhas na pele vulnerável dos meus lábios, balbuciei, esforçado, uma frase que atenuasse o impulso de dilacerar; quando suportei no meu maxilar todo impacto do punho inoxidável, ao acordar, chorei. Porque não tive forças suficientes para encontrar um caminho de arrependimento em seu ventre.

2 comentários:

fernandacid disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
fernandacid disse...

ADORO! parece Augusto dos Anjos!!!!!! Amei. Parabéns.