Hoje, quando apertei os olhos em reflexo ao
sentimento doído, escorri a lágrima do entendimento. Da incompreensão contumaz
que deflagrou tantos de nossos atritos, veio iluminada a imagem de que um
punhal nos mantinha tal e qual o cordão umbilical o faz entre ventre e filho.
Mas o meu maior orgulho é saber que todos os
anos passados houve vitória sobre vitória. Porque à dores lancinantes
sobrevivi. Não quando o punhal que segura, firme, pelo cabo, escorregava em
minhas entranhas. Nem quando, unidos mais que nunca, você, firme, segurou o punhal
e, em sacrifício, dispunha do aconchego do meu corpo. Não, mas era assim que eu
pensei dia após dia. Mas sobrevivi, vejo agora, a cada dor que se seguia aos seus
egoísmos de me exilar da lâmina fria do punhal que nos torna um só.
2 comentários:
"O que não mata fortalece". O que não corta dobra ao meio juntando as duas pontas.
"O que não mata fortalece". O que não corta dobra ao meio juntando as duas pontas.
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