Código html Google estatísticas

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

A AMBIGUIDADE DO PUNHAL


Hoje, quando apertei os olhos em reflexo ao sentimento doído, escorri a lágrima do entendimento. Da incompreensão contumaz que deflagrou tantos de nossos atritos, veio iluminada a imagem de que um punhal nos mantinha tal e qual o cordão umbilical o faz entre ventre e filho.

Agora, sim, é como ter um paradigma definitivo para tantos de nossos desinteresses, ou a razão para a superlativa valorização de pequenas desimportâncias. Gritos abafados, rancores em comentários ácidos ganham a minha maior simpatia. Um punhal os redimiu. O sorriso tem o brilho de uma lâmina.

Mas o meu maior orgulho é saber que todos os anos passados houve vitória sobre vitória. Porque à dores lancinantes sobrevivi. Não quando o punhal que segura, firme, pelo cabo, escorregava em minhas entranhas. Nem quando, unidos mais que nunca, você, firme, segurou o punhal e, em sacrifício, dispunha do aconchego do meu corpo. Não, mas era assim que eu pensei dia após dia. Mas sobrevivi, vejo agora, a cada dor que se seguia aos seus egoísmos de me exilar da lâmina fria do punhal que nos torna um só. 

2 comentários:

Copelia disse...

"O que não mata fortalece". O que não corta dobra ao meio juntando as duas pontas.

Copelia disse...

"O que não mata fortalece". O que não corta dobra ao meio juntando as duas pontas.