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sexta-feira, 27 de abril de 2012

SE UM QUALQUER ME OUVISSE...


Estive em coma. A ausência dos homens. Volto aos poucos ao meu estado de ronda. A solidão de caligrafias virtuais despejadas em rotinas de burocracia.


Entra a primeira das muitas missões perdidas. Uma senhora de convicções amarrotadas. Cumpriu o ciclo da peregrinações às repartições da eterna insatisfação. Veio ao ápice da liturtgia e sorveu a hóstia amarga do desrespeito. Eu sai da porta com aquela senhora de andar sem adjetivos. Corpo presente. Vida diluída. A civilização que se resume às reticências...


Fiz um intervalo. E nele permaneci. Saí na primeira primeira porta que ofereceu sua virtude de abrigo. Tempos cansados. Tempos que forçam minha pernas a se recolher. Que gesto poderia fazer do meu corpo um ventre? 


Um plantão pode ser o desmoronar de um homem. Mas o coletivo de plantões tomba um homem convicto. De volta! Bem chegado no que a minha rotina de ignorar pode oferecer. Estou me recuperando. Enfim, retorno ao coma.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

DOIS BRAÇOS. UM RIO

Sua mão segura a minha. Seguro. Retorno. Seguro. Seu corpo, entretanto, é claque. Inverossímel desejo em seu sorriso. Devastado com suavidade. Sou horas que correm truncadas. Desvio de um tempo dorido que não flui a um justo progresso. Deixei-me corromper na vazante de seus braços estendidos. 



terça-feira, 10 de abril de 2012

CANÇÃO PARA UMA HARPIA


Harpia, insone. Rouba meu sentimento, ainda que me assegure a comida. Se há sentido que possa descobrir, eu mimetizo todo o significado, a fim de ser sua perseguição infindável.


Basta-me o açoite de um carrasco inseguro!