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terça-feira, 14 de junho de 2011

O MILÉSIMO TURNO


- Aquilo é muita droga!
A referência ao blog Quinto Noturno chegou de bate pronto. Entorpeceu. Veio do amigo de longa data. Vasculhou meu projeto. E me fez lembrar o marca cabalística: mil visitações! Sim: um número considerável de pessoas deu-me a oportunidade de partilhar palavras, frases, idéias, visitando o blog. Mil visitações, justamente quando recebi a opinião sobre o blog. A crise de identidade a esta altura?
Não, não se trata de crise. Trata-se de um despertar repentino. O Quinto Noturno é um ego em construção, ebulição, conturbação. E, por isso, um grande espaço para ser impreciso e dependente da construção alheia de sentidos. Mas a vida é sentido que segue se construindo – podemos usar a definição, ainda, para o amadurecimento?!..
E não sou a bula ou a rota para o que escrevo. Nem sou o que pensam do que escrevo. Sou definitivamente O QUE ESCREVO... na maior parte das vezes. O sentido disso tudo cabe ao meu caríssimo leitor – alguns, posso afirmar categoricamente, eu os tenho...rs.. ­– que deverá dividir comigo o contexto das linhas e mergulhar na jornada individual de sua busca de sentido. Ok, ok...hoje estou repleto de hermetismos. Sei, admito. Mas a leitura mil, cabalística, libera todos os meus formatos e sentidos para um jactar-se sem compromisso.  Voltemos, pois, ao mundo prático.
E ele deu as caras cerca de uma hora depois da frase sobre o Quinto. Com um fato urbano, corriqueiro. Enquanto meu amigo se servia dos préstimos de um engraxate, notou a falta de sua carteira. Fora vítima de furto. Logo ele, que queria ajudar o sujeito, tentando dar-lhe a oportunidade de trabalho que eu recusara instantes antes. Aos solidários, aviso logo: o próprio meliante extraiu de sua caixinha de trabalho o produto de seu furto. Não houve, em nenhum momento, dúvida sobre a autoria.
Testemunha preferencial (todo policial é), dirigi-me com a estimada vítima a uma delegacia circunscricional. Plantão de sábado (e já passava de meia noite). Claro, já havíamos, antes de irmos à DP, pensado em deixar o punguista ir embora, tamanha a demora para a chegada de uma viatura da PM no local.
Mas a viatura chegou.
Na delegacia, foram três horas para registrar o furto da carteira. Ao mesmo tempo, plantonistas estavam envolvidos em uma ocorrência. Um rapaz havia morrido, aparentemente de overdose, e o plantão precisava dar conta do episódio. Alguns colegas me reconheceram. Tive a prioridade possível. Havia nossa ocorrência e a da morte. E, por algum motivo qualquer, o coordenador das equipes da Polícia Militar se encontrava no local, o que levou um dos soldados a comentar:
- A asa norte está completamente sem policiamento.
Bom, se o policiamento consistia em duas duplas de ronda, acredito que já estivesse a asa norte da capital do país já estivesse sem segurança desde muito.
Diante da tensão insuportável de todo ambiente, meu querido camarada estava a ponto de desistir de registrar o delito do qual fora vítima. Inconformado, pode finalmente sorver o que eu pretendia lhe mostrar:
- É esta a droga da qual o Quinto Noturno se entorpece!
Aqui estamos, diante de você, leitor mil, mil e um, mil e tantos. Você que é múltiplo na minha visão da droga do sono, cansaço, aborrecimento e vida. Obrigado e você que é mil e um, também. O de sempre, o que volta.
Continue voltando...no quinto noturno..Droga!

Um comentário:

Copelia disse...

O que entorpece a alma, acalma o coração. O que provoca hipnose, sacode a alma. Quinto, você confunde, entorpece e descongestiona o coração...sobreviva, por amor a todos nós!